O Partido Socialista Brasileiro (PSB) de Gravatá e o suplente Ricardo Malta, apresentaram uma ação de investigação judicial eleitoral (AIJE) na 30ª Zona Eleitoral, visando apurar fraudes envolvendo candidaturas fictícias nas eleições municipais de 2024. A iniciativa busca garantir o cumprimento das cotas de gênero exigidas pela legislação eleitoral após o resultado das eleições de domingo (6), quando uma então candidata a vereadora de outra sigla não recebeu nem mesmo o próprio voto.
A AIJE aponta que o Partido Mobilização Nacional (Mobiliza) utilizou-se de uma candidatura laranja para cumprir a cota de 30% de mulheres exigida por lei, sem que a candidata, Bruna Luana de Lira Marques, tivesse a real intenção de concorrer. A alegação de fraude é reforçada pelo fato da então candidata Bruna Marques não ter recebido nenhum voto. Além disso, a representação aponta que ela não teve gastos de campanha ou sequer fez campanha nem mesmo nas redes sociais, afirmação comprovada por meio de prints que constam nos autos do processo.
(Ricardo Malta)
O PSB de Gravatá, que é presidido pelo empresário e vice-prefeito eleito na chapa do prefeito Joselito Gomes (Avante), e o representante Ricardo Malta, ressaltam a importância de assegurar que a participação feminina no processo eleitoral não seja utilizada de forma fictícia para manipular resultados.
(Eduardo Cassapa)
Uma vez que a ação seja julgada procedente, o resultado da composição para a Legislação 2025/2028, definido nas eleições, sofrerá alteração. O Mobiliza, que elegeu Eduardo Cassapa ao cargo de vereador, não terá mais assento na Casa Elias Torres, considerando que fraude à cota de gênero anula toda chapa proporcional. Com isso, o PSB passaria a ter mais uma cadeira no Legislativo, que seria ocupada por Ricardo Malta, ampliando para três o número de vereadores eleitos pela sigla.
O processo segue em tramitação.
Reportagem: Ismael Alves