Recife, PE – Na madrugada de domingo, 20 de abril de 2025, o bairro de San Martin foi palco de mais uma tragédia relacionada à violência contra a mulher. Andreza Rodrigues de Castro, de 28 anos, foi assassinada a tiros dentro de sua residência na Rua Cordélia Gois e Silva, em um crime que chocou a comunidade local.
Segundo informações da polícia, Andreza e seu companheiro participaram de uma festa antes do trágico evento. Durante a comemoração, o casal teria se envolvido em uma discussão. Ao retornarem para casa, o homem, que estava armado, disparou contra Andreza, que não sobreviveu aos ferimentos e morreu no local.
O autor do crime, cuja identidade não foi divulgada, é descrito como usuário de drogas e possui antecedentes criminais. Após cometer o ato, ele fugiu do local e permanece foragido.
Andreza deixa uma filha, que agora enfrenta a dor da perda em um momento tão difícil. O caso reacende o debate sobre a violência de gênero e a necessidade urgente de medidas eficazes para proteger as mulheres em situações de risco.
A violência contra a mulher, especialmente em casos de feminicídio, é uma questão alarmante no Brasil. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2022, o Brasil registrou 1.350 casos de feminicídio, o que representa uma média de 3,7 mortes por dia. Além disso, os dados mostram que, em 70,4% dos casos, a vítima conhecia o autor, destacando a aparente familiaridade nas relações afetivas que frequentemente terminam em tragédia.
Outra pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que 27% das mulheres brasileiras com idades entre 15 e 49 anos já sofreram violência física e/ou sexual por parte de parceiros íntimos.
Esses números evidenciam a necessidade de uma resposta efetiva tanto das autoridades quanto da sociedade civil para combater essa epidemia. Iniciativas como campanhas de conscientização e a criação de leis mais rigorosas são passos essenciais para mudar essa realidade.
A história de Andreza é um lembrete doloroso da realidade que muitas mulheres enfrentam diariamente. É fundamental que todos se mobilizem para lutar contra a violência de gênero e construir um ambiente mais seguro para as mulheres em nosso país. Organizações não governamentais e grupos de apoio estão disponíveis para ajudar pessoas que se sintam ameaçadas ou em situações de violência.
Disque 180: Central de Atendimento à Mulher, disponível 24 horas para denúncias e orientação.
Em casos de emergência, deve ser acionada a Polícia Militar, por meio do 190.