Membros de torcidas organizadas do Sport e Santa Cruz no último sábado (01/2), provocaram uma onda de violência nas ruas do grande Recife, horas antes da partida entre os dois clubes, e muitos deles têm passagem por diversos crimes.
Conforme a Polícia Civil, cerca de 32 pessoas foram detidas e 13 tiveram a prisão preventiva decretada pela justiça pelos crimes praticados naquele dia. Segundo a polícia, alguns dos presos têm passagem e respondem por crimes de homicídio, tráfico de drogas e roubo.
Conforme informações, a violência entre as torcidas deixou 13 homens feridos, um continua hospitalizado.
Confira os nomes de todos os presos, os crimes que respondem e os que já foram acusados por outros crimes:
Bruno Luan Batista Soares, 29 anos, foi o terceiro preso na tentativa de fuga, na Avenida Getúlio Vargas, no Cabo de Santo Agostinho. Ele é outro integrante da Jovem envolvido no confronto na Madalena, que já teria histórico de brigas de torcidas nas ruas, segundo o Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Já foi condenado por porte de cocaína. Teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. A torcida organizada da qual faz parte não foi informada.
Emerson José da Silva Junior, 29 anos.
Preso na Avenida Getúlio Vargas, no Cabo de Santo Agostinho. Ele é acusado de participar de confronto entre torcedores na cidade e tentar fugir de carro, acompanhado de outras duas pessoas, que também foram detidas. No veículo, foram apreendidos três artefatos explosivos e quatro barrotes de madeira. O preso teve a preventiva decretada. Já foi preso e processado criminalmente duas vezes, ambos os casos no Cabo de Santo Agostinho. Em um deles, é acusado de homicídio. No outro, de tráfico de drogas. A torcida organizada da qual faz parte não foi informada.
Hugo Henrique Martins da Silva, 24 anos.
Segundo a Polícia Militar, ele fazia parte de um grupo de motociclistas da Jovem que invadiu o Terminal Integrado Pelópidas Silveira. Hugo estava na garupa da moto. O condutor conseguiu fugir. Com ele, a polícia diz ter encontrado um explosivo caseiro.
Ele responde por roubo relacionado a rixa de torcidas, registrado em agosto de 2023. De acordo com a acusação, ele e outros integrantes da torcida organizada do Sport teriam agredido um torcedor do Náutico e subtraído a carteira dele. O alvirrubro, que sofreu lesões, também teve a camisa do Náutico rasgada. A preventiva foi decretada. Desde 2023, responde na Justiça a um processo por roubo.
João Victor Soares da Silva, de 27 anos. Presidente da torcida organizada do Sport, responde a processo pelo crime de associação criminosa com motivação de intolerância esportiva. Recentemente, também esteve presente em Caruaru, no Agreste, onde liderava a torcida no enfrentamento contra a Polícia Militar num jogo entre Sport e Central.
Lucas Araujo da Paixão
Lucas Melo Gonçalves de Carvalho, de 19 anos, já foi preso em 2023 por furto qualificado e corrupção de menores. Vestido com a camisa da Jovem, foi abordado em um carro, nas proximidades do estádio do Arruda, Zona Norte, com 11 explosivos caseiros, 32 rojões explosivos grandes, um soco-inglês, uma corrente metálica e uma barra de ferro com grampos cortantes. Com ele, os policiais também apreenderam cinco artefatos de fumaça colorida, cinco balaclavas, um iPhone 12 e R$ 222, em dinheiro, ainda, dois invólucros com maconha e quatro com cocaína. O preso já responde a outro processo, na Vara Criminal de Goiana, na Mata Norte, por furto e corrupção de menores. Teve a prisão preventiva decretada.
Matheus Henrique de Lima Viana, 22 anos. Segundo a Polícia Militar, ele fazia parte de um grupo de motociclistas da Jovem que invadiu o Terminal Integrado Pelópidas Silveira. Era passageiro na moto conduzida por Walysson Martins dos Santos. Foi detido com um explosivo caseiro e um soco-inglês.
Mikael Joaquim da Silva, 19 anos. Último preso envolvido no confronto na Madalena. Também membro da Jovem, ele é acusado de atirar uma pedra que danificou o capô e o para-brisa dianteiro de viatura da Polícia Militar. Além de crime contra a paz no esporte, foi autuado por dano ao patrimônio. Teve a preventiva decretada pela Justiça.
Moisés Cordeiro de Moura Filho, de 27 anos.
Ele foi o segundo preso na tentativa de fuga, na Avenida Getúlio Vargas, no Cabo de Santo Agostinho. Tem passagem por crimes de violência doméstica e ameaça contra a sua ex-companheira. A torcida organizada da qual faz parte não foi informada. O preso teve a preventiva decretada.
Ramon Nogueira da Silva, 23 anos.
Terceiro preso na tentativa de fuga, na Avenida Getúlio Vargas, no Cabo de Santo Agostinho. A torcida organizada da qual faz parte não foi informada. O preso teve a preventiva decretada.
Thyago Mendes Barbosa, 34 anos, é apontado como “grande liderança” da Jovem, também estava envolvido no confronto na Madalena, foi socorrido no Hospital da Restauração (HR) e teve a preventiva decretada pela Justiça. Segundo a Polícia Civil, ele já participou de brigas de torcida organizada e responde por três processos de intolerância esportiva e duas tentativas de homicídio.
Ele foi denunciado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) por tentativa de homicídio por participação no ataque ao ônibus da delegação do Fortaleza, em 22 de fevereiro de 2024. Também é acusado de participar do espancamento de um membro da Inferno Coral, no Cordeiro, Zona Oeste, em 2016.
João Victor Antonio da Silva, 24 anos. Integrante da Jovem do Leão, estava no confronto na Madalena e foi levado, já desacordado, para o HR. Em interrogatório, alegou que tentou escalar uma grade, para fugir da confusão, mas foi puxado pela perna e espancado. Também declarou nunca ter “praticado qualquer ato de violência contra qualquer torcida”. Ele teve a preventiva decretada pela Justiça.
Lucas Araujo da Paixão, 20 anos, esse fazia parte de um grupo de motociclistas da Jovem que invadiu o Terminal Integrado Pelópidas Silveira. De acordo com a Polícia Militar, ele estava em uma moto com a placa envergada para dificultar a identificação. A polícia apreendeu com Lucas uma camisa de torcida organizada. Ele teria confessado que se desfez dos fogos de artifício e bombas caseiras enquanto tentava fugir da polícia. Preso em flagrante, recebeu liberdade provisória na audiência de custódia após ser arbitrada fiança de um salário mínimo.
Walysson Martins dos Santos, de 19 anos. Ele, segundo a polícia, responde a vários processos na Justiça, como lesão corporal grave e furto qualificado. Ele é um dos envolvidos no atentado que deixou seis jogadores do Fortaleza feridos, logo após um jogo contra o Sport, em fevereiro de 2024. Nesse processo, ele é réu por tentativa de homicídio qualificado, dano qualificado e violência em eventos esportivos, com agravantes de perigo comum e dificuldade de defesa.